sexta-feira, 19 de abril de 2013

Com as Instituições Federais mal estruturadas e sem professores, mais da metade dos estudantes não se formam!


Após os relatórios do Tribunal de Contas da União -TCU- serem apresentados (auditoria realizada entre agosto de 2011 e abril de 2012), podemos avaliar a péssima situação em que os as Escolas Técnicas brasileiras se encontram.  Para se ter uma ideia do problema, de cada 100 estudantes que ingressam em algum curso do Instituto Federal do Paraná (IFPR), apenas 53 concluem. O dado é uma média do índice de eficiência acadêmica dos 108 cursos (técnicos, superiores e de pós-graduação presenciais e a distância) oferecidos nos 14 campus do instituto. Em algumas unidades, a situação é ainda pior. Em Londrina, por exemplo, a taxa é de apenas 11,5% de estudantes formados e, em Irati, 9,7%. O campus de Campo Largo tem a pior taxa de sucesso do estado: apenas 6,7% dos estudantes concluem o curso. 

O diagnóstico do TCU apontou problemas infraestruturais, déficit de professores e técnicos, evasão e baixos índices de conclusão. Segundo o relatório, as taxas nacionais de conclusão são de 47% para o médio integrado, 25% para a Licenciatura, 27% para o Bacharelado e 43% para os cursos de tecnólogo. A auditoria mostrou a carência de 7.966 professores (quase 20% dos cargos) e 5.702 técnicos (25% do total) nas Instituições Federais de nível técnico. (Ver nota da FENET sobre a falta de professores: http://migre.me/ebgAC)
O problema é cada vez mais grave dentro da escola técnica brasileira,  como a maior escola Politécnica de Saúde do Brasil (Escola Politécnica Joaquim Veâncio - Fio Cruz) fica ao lado do maior vala de esgoto da cidade carioca? Como os estudantes do Maranhão podem estudar ao lado de um lixão? Como é possível um estudante da área técnológica se formar tendo aula prática com máquinas que foram usadas antes da segunda guerra mundial?  
É preciso imediatamente que o governo tome uma posição clara quanto a esses problemas. A FENET vem exigir soluções para cada um desses imbróglios e apontar que a única saída para a falta de professor é fazendo concurso público e a unica solução para a falta de dinheiro é o massivo investimento de dinheiro público na educação pública! 

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