terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"É preciso respeitar a cor do povo brasileiro" Grêmio do IFBA lota auditório para discutir direitos do povo negro!


Israel Santana, Salvador - BA

No  dia 27 de Novembro foi realizado pelo Grêmio Estudantil do IFBA - Campus Salvador, um  debate com o tema: “Negros: Antes Senzala, hoje Favela, o que mudou?”


O debate contou com a presença de cerca de 200 participantes (entre estudantes, professores e técnicos administrativos), a mesa era composta pelos estudantes: Rafael Claudino (Grêmio do IFBA), Gabriela Bacelar (Grêmio do IFBA) e Israel Santana (Diretor da FENET), também na mesa estavam os palestrantes: Olívia Santana (Vereadora de Salvador), Silvio Humberto (Vereador eleito de Salvador) e Weslei Correia (Professor de Português do IFBA).

O debate começou com uma retrospectiva da história dos negros no Brasil, principalmente em Salvador, desde a sua chegada forçada nos chamados Navios Negreiros, até a situação em que se encontram hoje, onde a imensa maioria dos negros ocupam lugar nas classes mais baixas da sociedade, desempenhando cargos secundários, isso quando eles não estão desempregados e ainda vivendo em condições precárias, indignas.

O debate contou com a intensa participação dos estudantes que tiravam dúvidas, davam suas opiniões e sabatinavam os palestrantes. Durante as discussões também foi pautada a polêmica lei das Cotas (Nota da fenet: http://fenetbrasil.blogspot.com.br/2012/11/em-semana-da-prova-do-enem-guerra-pelo_3.html), sancionada pelo Governo Federal, lei essa que garante uma porcentagem mínima obrigatória de estudantes negros oriundos de escolas públicas nas Instituições Federais de ensino, sendo o percentual definido pela proporção de negros, pardos e índios em casa região. Esse tema causou uma grande efervescência para o debate.

Para a estudante Priscila Carneiro, também integrante do Grêmio do IFBA é necessário ampliar essa discussão.
Levantar essa discussão no Instituto Federal localizado no estado de maior população negra do País, deve ser exemplo para mais e mais escolas! Chega de contar a história pelo viés europeu, quem construiu esse país foi o povo negro e o povo indígena! Promover a igualdade de acesso à educação e ao mercado de trabalho, é imprescindível. Nós do Grêmio, acreditamos ter cumprido nosso papel de formação política e crítica dos estudantes, trazendo pessoas qualificadas para a discussão ”.

Ficou claro após o debate que é preciso fazer com que cada vez mais discussões como estas ocorram com frequência nas escolas técnicas, para que se formem cidadãos críticos da sociedade em que vivemos. Ao final da discussão os organizadores e participantes receberam uma salva de palmas que demonstrou o sucesso da atividade.

Israel Santana é Secretário Geral da FENET

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