Por: Emanuele Rodrigues
Quando falamos de educação inclusiva, a realidade é assustadora no estado do Ceará, existem poucas escolas, falta de investimento e falta acompanhamento dessas pessoas pelo Governo. Segundo dados IBGE o estado é o quinto do país com maior decorrência de pessoas com deficiência, cerca de 17,34% da tem alguma de deficiência.
Quando falamos de educação inclusiva, a realidade é assustadora no estado do Ceará, existem poucas escolas, falta de investimento e falta acompanhamento dessas pessoas pelo Governo. Segundo dados IBGE o estado é o quinto do país com maior decorrência de pessoas com deficiência, cerca de 17,34% da tem alguma de deficiência.
Na capital Fortaleza das 292 mil pessoas deficientes
e apenas 2.600 estão regularmente matriculas em alguma das poucas escolas. Foi
fazendo uma pesquisa de bairros que a FENET juntamente com a União dos
Estudantes Secundaristas da Região Metropolitana de Fortaleza (UESM) pôde ter a
certeza essas crianças vivem presas dentro de suas próprias casas, reclusos da
sociedade, excluídos de qualquer oportunidade de vida social, de lazer, de
cultura, de acessibilidade ao transporte coletivo, de aprender a ler e a
escrever.

Fomos
à procura de uma Escola que oferecesse educação para esses jovens e
encontramos o nosso Instituto de Educação do Ceará (IEC), uma escola
diferenciada, onde se formam pedagogos, onde se tem o Ensino Fundamental,
Médio, EJA e Educação Especial e encontramos uma realidade decepcionante. O
Instituto de Educação (IEC) foi fundando em 19 de Agosto de 1966, depois de ter
passado por várias mudanças; um dos pioneiros do Curso Normal serviu de inspiração
para a obra do Livro “A Normalista”, uma escola onde tem muita história pra
contar. Mas hoje sua estrutura parece não está sendo assistida pelo Governo do estado,
as necessidades simples como ter rampas de acesso, piso antiderrapante,
professores tradutores, salas com recursos multifuncionais, livros em braile,
cadeiras especiais, equipamentos auditivos, climatização nas salas de aula,
fora outras necessidades, não existem na escola.
A falta de investimento na estrutura, nas
oportunidades de estágios, no incentivo a cultura, a arte, o esporte, fazem com
que estudantes abandonem o curso. É isso que ocorre hoje no IEC, evasão escolar
aumentando a cada dia. Para a estudante do curso de pedagogia, Maiane, a falta
de tradutores atrapalha o rendimento dos estudantes surdos da escola, que
muitas vezes deixam de assistir aula por terem dificuldade. E isso decorre de
que professores não estavam sendo pagos pelo Governo, o que acabou sendo
prejudicial aos estudantes. E a realidade das salas de aula do Instituto, é bem
diferente das comuns, existem pessoas com suas necessidades variadas, e outras
que não possuem; de forma que muitos professores não saibam como agir perante
essa situação. E acabam querendo tratar todos de forma igual, mas isso não pode
acontecer tratar pessoas que precisão de uma atenção diferenciada, de forma
igual perante as outras.
"É um absurdo o governo estadual e o governo federal -afirmou Fábio Andrade, ex coordenador Geral da FENET- ventilarem por ai que estão fazendo e acontecendo pela inclusão social, não existe inclusão social sem acesso à educação!"
A
indiferença do Governo com a Educação é notável, nossa defesa vem pautando escolas , Institutos Federais, Estaduais com educação técnica acessível, avançadas e sociáveis para
que possamos acabar com esse retrocesso na Educação Especial.
Emanuele Rodrigues é Secretária Geral da FENET e estudante do IFCE
Emanuele Rodrigues é Secretária Geral da FENET e estudante do IFCE
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