O adjetivo "fracasso" utilizado pelo Presidente do Equador para
caracterizar a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento
Sustentável (Rio +20), realizada de 13
a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, comprova a incapacidade
por parte dos governantes de diversos países em dar soluções concretas à crise
ecológica que vivenciamos atualmente.
A Conferência teve dois temas principais: A economia verde no
contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a
estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, temas inicialmente
empolgantes que cercaram expectativas de muitos brasileiros caso as discussões trouxessem
boas propostas atrelado a medidas eficientes para concretização destas, entretanto, a Rio +20 se
configurou mais uma vez através de interesses políticos e econômicos que se
sobressaíram a qualquer proposta ou ação que de fato pudesse trazer benefícios
aos diversos problemas socioambientais, já que isso requer mais investimentos
em tecnologias verdes e se opõe as políticas de explorações desenfreadas dos
nossos recursos naturais. Tal Conferência não passou de uma farsa que se baseou
em dias e dias de discussões infindáveis que tentaram resgatar os vestígios do
Protocolo de Kyoto (foi um acordo internacional realizado entre os países
membros da ONU, redigido e assinado em Kyoto (Japão), em 1997 com o objetivo de reduzir a emissão de gases
causadores do efeito estufa e o conseqüente aquecimento global) e outras resoluções sem chegar a conclusões efetivas.
Portanto, é importante ressaltar que o tão falado Desenvolvimento Sustentável,
discurso que vem sendo propagado de forma equivocada pelos meios de comunicação,
não pode ocorrer nesse modelo de sociedade, já que qualquer método sustentável
aplicável necessita de um equilíbrio que permeia por um sistema social mais igualitário.
O meio ambiente (natural+social, cultural e suas interações e diversas formas
de manifestação) não suporta mais as medidas antrópicas inconsequentes! Por
isso, devemos ficar atentos aos pseudo-ambientalista e suas entidades
correspondes (Greenpeace e companhia) que hoje propagam a concepção de
"Capitalismo Verde", postura esta extremamente contraditória, pois
tal visão não passa de uma manipulação por parte das grandes empresas que
tentam adotar as chamadas "medidas compensatórias", desmatando
milhões de hectares de áreas verdes e depois distribuindo canetas de
material reciclável para seus funcionários a fim de se manter insento das
punições, são essas as políticas ambientais eficazes na opinião das grandes
Corporações que controlam as aplicações da legislação por parte do Estado. Tais
leis que por se só já são extremamente flexíveis e ineficientes. Mas as
mobilizações evidenciam o interesse e melhor compreensão que a população vêm adquirindo
a cerca das questões ambientais, os militantes ambientais crescem cada vez mais
propagando diversos conceitos ideológicos do movimento ecologista que ganhou
grande força na década de 80 principalmente com os Partidos
Verdes da Alemanha e desde então desperta o olhar crítico de milhões de pessoas para o
grande desafio da nossa civilização: Construir uma nova alternativa para
alcançar a verdadeira Sustentabilidade!
Diretoria de Meio Ambiente
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