quarta-feira, 11 de julho de 2012

Rio+20 e Falso Discurso de Desenvolvimento Sustentável

O adjetivo "fracasso" utilizado pelo Presidente do Equador para caracterizar a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada de 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, comprova a incapacidade por parte dos governantes de diversos países em dar soluções concretas à crise ecológica que vivenciamos atualmente.
     A Conferência teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, temas inicialmente empolgantes que cercaram expectativas de muitos brasileiros caso as discussões trouxessem boas propostas atrelado a medidas eficientes para concretização destas, entretanto, a Rio +20 se configurou mais uma vez através de interesses políticos e econômicos que se sobressaíram a qualquer proposta ou ação que de fato pudesse trazer benefícios aos diversos problemas socioambientais, já que isso requer mais investimentos em tecnologias verdes e se opõe as políticas de explorações desenfreadas dos nossos recursos naturais. Tal Conferência não passou de uma farsa que se baseou em dias e dias de discussões infindáveis que tentaram resgatar os vestígios do Protocolo de Kyoto (foi um acordo internacional realizado entre os países membros da ONU, redigido e assinado em Kyoto (Japão), em 1997 com o objetivo de reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o conseqüente aquecimento global) e outras resoluções sem chegar a conclusões efetivas. Portanto, é importante ressaltar que o tão falado Desenvolvimento Sustentável, discurso que vem sendo propagado de forma equivocada pelos meios de comunicação, não pode ocorrer nesse modelo de sociedade, já que qualquer método sustentável aplicável necessita de um equilíbrio que permeia por um sistema social mais igualitário. O meio ambiente (natural+social, cultural e suas interações e diversas formas de manifestação) não suporta mais as medidas antrópicas inconsequentes! Por isso, devemos ficar atentos aos pseudo-ambientalista e suas entidades correspondes (Greenpeace e companhia) que hoje propagam a concepção de "Capitalismo Verde", postura esta extremamente contraditória, pois tal visão não passa de uma manipulação por parte das grandes empresas que tentam adotar as chamadas "medidas compensatórias", desmatando milhões de hectares de áreas verdes e depois distribuindo canetas de material reciclável para seus funcionários a fim de se manter insento das punições, são essas as políticas ambientais eficazes na opinião das grandes Corporações que controlam as aplicações da legislação por parte do Estado. Tais leis que por se só já são extremamente flexíveis e ineficientes. Mas as mobilizações evidenciam o interesse e melhor compreensão que a população vêm adquirindo a cerca das questões ambientais, os militantes ambientais crescem cada vez mais propagando diversos conceitos ideológicos do movimento ecologista que ganhou grande força na década de 80 principalmente com os Partidos Verdes da Alemanha e desde então desperta o olhar crítico de milhões de pessoas para o grande desafio da nossa civilização: Construir uma nova alternativa para alcançar a verdadeira Sustentabilidade! 


Diretoria de Meio Ambiente

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More