segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DECLARAÇÃO DA FENET CONTRA A DIVISÃO DO PARÁ!

Nos últimos meses, estão ocorrendo vários debates sobre este assunto. Mas quais são os reais interesses por trás da divisão? O Estado do Pará é o segundo maior estado do país, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados e uma população de 7,5 milhões de habitantes, sendo isto uma das alegações para dividir o Estado, pois, segundo os favoráveis à divisão, isto dificulta o aproveitamento das riquezas naturais da Amazônia e a maior integração econômica da região com o restante do país.

No território do estado, existem extensas jazidas minerais: é o maior exportador de minério de ferro; o 3º maior produtor de bauxita; importante produtor de caulim (de melhor qualidade para papéis especiais) e de alumínio, mas também níquel e cobre, além de ouro. Estas pessoas favoráveis sabem que isso fez com que o Pará se tornasse o 2º estado que mais fornece divisas à União, 5º maior produtor de energia (3º maior exportador de energia bruta) de Brasil, 2º maior minerador nacional e no 5º maior exportador geral da país. De 10 dólares que o Banco Central recolhe, 70 centavos saem do Estado do Pará. O que tem sido feito destas riquezas abundantes no Estado? Estas riquezas não estão sendo revertidas para o povo paraense, pois o Estado é o 16º IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o 21º em PIB/per capita, sendo assim, um dos mais pobres do país.


Em outras palavras, as riquezas produzidas pelo povo beneficiam as mineradoras, o agronegócio, e os políticos corruptos, enquanto a população do Estado sofre de doenças graves, de miséria e pobreza extremas, além de ser uma das regiões mais violentas do mundo. Isso não acontece somente no Oeste e no Sul do Estado, mas nas áreas mais pobres da Região Metropolitana de Belém, e principalmente nas cidades que tem como atividade principal a exploração de minério, a exemplo de Marabá e outras localidades no Sul do Estado.

A DIVISÃO SÓ INTERESSA AOS EMPRESÁRIOS!

Segundo o economista Eduardo Costa existe a incapacidade de investimento que os dois estados(Tapajós e Carajás) terão depois de criados; e as consequências desastrosas dos gastos com a divisão. A militante Carla Catiara (PCR) analisa a divisão do Estado do Pará como a necessidade de perpetuação da espoliação capitalista, pois será mais viável tirar dinheiro público para o benefício da burguesia.

A a FENET e a FEPET (Federação Paraense dos Estudantes de Ensino Técnico) declaram repúdio à proposta de Giovanni Queiroz e seus comparsas de dividirem o estado Paraense. O necessário é investir em políticas públicas para o Estado, não é necessário dividir. Se extensão territorial significasse algo, o Estado da São Paulo seria menos desenvolvido que o Estado Rio de Janeiro, pois, um dos argumentos utilizados justificando a falta de políticas públicas  é a extensão territorial.

Devemos lutar contra essa divisão que não garante a soberania nacional! No dia 11 de dezembro,  vote 55 (é o número correspondente ao "não" no plebiscito).

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