Basta entrar em uma escola pública em qualquer parte do país, para perceber que para os governantes a educação está longe de ser uma prioridade. Mesmo assim nos falam da importância da educação e que “a juventude é o futuro do país”, enquanto não temos oportunidade de emprego e a universidade continua sendo um sonho distante para a imensa maioria da juventude brasileira. A realidade é que nas escolas públicas é recorrente a falta de professores, a estrutura das escolas é precária, e até cadeiras e ventiladores vivem quebrados. Falar de laboratório de ciências, informática, quadra ou de uma boa biblioteca é impensável. Acontece que a educação, assim como a saúde e a moradia, são tratados como mercadorias. Para entender isso basta reparar quem recebe mais investimentos dos governos, que por conta do pagamento dos juros da dívida pública (dívida que o Brasil já pagou várias vezes) destinará em 2011 o absurdo de 49% do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto isso a educação corresponde apenas a 2,89% do PIB e sofreu esse ano um corte de R$ 3 bilhões, de um total de R$ 50 bilhões retirados das áreas sociais. Mas não é somente através da dívida pública que o patrimônio do povo brasileiro é roubado. A luta da juventude brasileira foi decisiva para a criação da Petrobrás e a conquista do monopólio estatal do petróleo. Hoje, porém, a política de leilões criada ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, é adotada pela Agência Nacional do Petróleo -ANP- (presidida por Haroldo Lima – PCdoB) que tem resultado na entrega do petróleo brasileiro para as multinacionais, inclusive o da camada “Pré-Sal”. Precisamos mudar essa realidade, e só através da organização e da luta da juventude e do povo brasileiro poderemos dar um basta nessa entrega do patrimônio nacional e nesse abandono com a educação.
A história da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas sempre pautou a luta por um ensino público, gratuito e de qualidade, sempre assumiu um caráter de rebeldia e mobilizações contra o sistema econômico vigente, o capitalismo. Passeata dos Cem mil, a luta contra as privatizações, o Fora Collor, são exemplos de lutas feitas e ganhas pela UBES que sempre esteve na linha de frente colocando milhares de jovens em defesa de um Brasil livre e soberano.
A reconstrução da UBES, que completa 30 anos em 2011 é parte do resgate da organização do povo, que por anos foi perseguida e proibida pela Ditadura Militar. No entanto, toda essa vida que a UBES deu ao movimento estudantil parece estar esquecida pela direção majoritária. Até bandeiras históricas como a educação pública de qualidade foram abandonadas para defender os interesses do governo e dos empresários.
Como isso é feito?
Dentre as centenas de escândalos que acontecem hoje ligadas ao governo (apoiado pela direção majoritária da UBES) pode-se destacar a corroboração com a criação do PRONATEC, programa que investe dinheiro público no SISTEMA S (setor privado) dirigido pela FIRJAN(Federação das Industrias do Rio de Janeiro) e outros grupos de empresários ; se abstendo do debate sobre os Leilões do Petróleo organizado pela a ANP e presidida pelo ex deputado Haroldo Lima (PCdoB); lutando ao lado dos latifundiários, ruralistas, grileiros e da Senadora Kátia Abreu (DEM) em favor do novo código florestal relatoriado pelo então deputado Aldo Rebelo (PCdoB); não denunciando as inúmeras fraude na organização dos Megaeventos esportivos, na corrupção que existe no Ministério dos Esportes que tem como representante o Ministro Orlando Silva (PCdoB) e do Presidente da CBF Ricardo Teixeira, ambos se colocaram a favor da proposta de se por fim as licitações para as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. E infinitas outras truculências, roubos e troca de luta do interesse do povo em detrimento ao interesse dos empresários.
Solução para isso?
Na UBES hoje se monta um campo de oposição forte rebelde e combativo, dirigido pela União da Juventude Rebelião e organizada por todos os estudantes do Brasil que estão dispostos a fazer luta. A TESE REBELE-SE vem levantar as bandeiras em defesa da educação pública e do socialismo como única saída para por fim a exploração do homem pelo homem. Vem honrar a combatividade histórica da juventude e afirmar diferentemente do que muitos oportunistas dizem é possível sim fazer um movimento que se conquiste sem conciliação com o governo, com os empresários, como afirmou Gladson Reis, presidente da AMES-BH, Diretor da Executiva da UBES e candidato à presidência da UBES pela tese REBELE-SE nesse 39° Congresso:
"A conquista do meio-passe em Belo Horizonte, representou uma grande conquista para a juventude belo horizontina, primeiro por ter demonstrado que só com luta a juventude conquista o que lhe pertence, a juventude não pediu licença aos empresários para parar o trânsito e para ocupar a Câmara Municipal, com isso aprovamos a lei do meio-passe em Belo Horizonte. [...] E fez cair por terra o argumento daqueles que diziam que somente conciliando com a prefeitura e com os empresários era possível ter o meio passe."
Gladson Reis- Presidente da AMES-BH |
Por isso também defendemos:
-Não ao pagamento da dívida pública! Auditoria já! 10% do PIB para aeducação!
-Fim dos leilões da ANP! Pelo Monopólio Estatal do Petróleo!
-Por uma UBES rebelde, combativa e ao lado dos estudantes!
Acompanhe mais sobre a tese REBELE-SE:
http://rebelesenaubes.blogspot.com/
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