Servidores Federais declaram: “Para a greve acabar temos que ser recebidos pelo governo!”
Devido às recentes medidas governamentais em relação aos investimentos nos serviços públicos percebe-se um total descompromisso com o povo, sobretudo com os trabalhadores, quando é preferível cortar R$ 3,2 bi da educação e destinar a pagamentos de juros da dívida externa e a acionistas financeiros.
Não é a toa que a rede federal de ensino já está mobilizada exigindo melhorias para a categoria e para a educação em geral. Os profissionais precisam ter seus direitos garantidos para realizar um trabalho satisfatório por isso o SINDSIFCE vem realizando assembleias e decretando greve nos campi do estado do Ceará, vale ressaltar que as assembleias estão sendo bem representativas, contando com um considerável número de estudantes e a categoria, ambos querendo debater, de forma clara, as verdadeiras razões para a greve.
Segundo o Sindicato Nacional dos servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) a categoria já se encontra no 22° dia da greve e conta com mais de 210 campi paralisados e a proposta apresentada é rebaixada quanto a números e prazos, não alcança sequer a inflação do segundo semestre de 2010 e tem a previsão de sua implementação efetiva apenas para março de 2012.
Entretanto, a proposta apresenta duas questões importantes reajusta linearmente o vencimento básico e a RT dos docentes; e estabelece o fim das gratificações na remuneração docente, diminuindo para duas o número de linhas nos contracheques (Vencimento Básico e RT).
Não bastasse a falta de sensibilidade do governo em garantir que as reivindicações exigidas pelos profissionais da educação sejam garantidas, em diversos campi os servidores que aderiram a greve estão sendo bastante ameaçados, por isso a radicalização e bem como a resistência aos ataques que sofrem por outros servidores que não aderiram e cumprem um vergonhoso papel de desmobilizar e furar a greve, é fundamental nesse período.
É com um total clima de luta e intransigência frente ao comportamento do governo federal que todos os servidores da rede federal de ensino agem no momento, inclusive apostando em uma grande mobilização à Esplanada dos Ministérios no dia 24 de agosto demonstrando assim como todas as outras categorias, que só com luta e greve é que se conquistam os seus direitos.
Fábio Andrade – Estudante de Eletrotécnica do IFCE , Coordenador geral da FENET e militante da UJR.
Ver reivindicações na integra: http://sinasefe.org.br/
1. REAJUSTE EMERGENCIAL DE 14,67% (INFLAÇÃO – IPCA + VARIAÇÃO DO PIB);
2. DESTINAÇÃO DE 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA;
3. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE E DO PCCTAE;
4.DEMOCRATIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PROFISSIONAL
ETECNOLÓGICA
5.CUMPRIMENTO JÁ DA LEGISLAÇÃO SOBRE QUESTÕES FUNCIONAIS DOS SERVIDORES DA
REDE FEDERAL DE ENSINO COM A REVOGAÇÃO DAS INSTRUÇÕES E ORIENTAÇÕES NORMATIVAS
EM CONTRÁRIO;
6.PELA MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DE CONCURSOS PÚBLICOS PARA DOCENTES E
TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DA NOSSA REDE;
7.CONTRA A PRECARIZAÇÃO DA FUNÇÃO DOCENTE COM O ESTABELECIMENTO DOS
CONTRATOS TEMPORÁRIOS EM SUBSTITUIÇÃO AOS PROFESSORES/AS SUBSTITUTOS E PARA
OCUPAÇÃO DE VAGAS OCIOSAS DE DOCENTES DO QUADRO PERMANENTE DAS INSTITUIÇÕES
FEDERAIS DE ENSINO;
8.30 HORAS SEMANAIS PARA OS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DE TODA REDE FEDERAL DE
ENSINO;
9.ESTABELECIMENTO JÁ DE UM GT COM A PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO, SINASEFE,
FASUBRA E REITORIAS PARA A DISCUSSÃO SOBRE AS TERCEIRIZAÇÕES NAS IFES;
10.EQUIPARAÇÃO DO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO DOS SERVIDORES DA REDE FEDERAL DE
ENSINO COM O AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO DOS SERVIDORES DO CONGRESSO NACIONAL,
JUDICIÁRIO E TRIBUNAL DE CONTAS, PELO MAIOR VALOR;
11.IMPLANTAÇÃO DE UM GT, COM A PARTICIPAÇÃO DO MEC E SINASEFE, PARA DISCUTIR A
NORMATIZAÇÃO, CONCESSÃO E VALORES DE BENEFÍCIOS COMO, AUXÍLIO MATERNIDADE,
SAÚDE E PRÉ-ESCOLA;
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