XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba:
A FENET abraça essa causa
Mais de 500 lideranças populares se reuniram entre os dias 22 a 26 de junho no Memorial da América Latina, em São Paulo , para participar da XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba que este ano foi dedicada aos 50 anos da vitória do povo cubano na batalha de Playa Girón. Foram quase 100 organizações populares de 15 estados do país que compuseram o encontro, entre partidos de esquerda, entidades estudantis e sindicais, movimentos populares urbanos e rurais, centros de defesa dos direitos humanos e casas de solidariedade à grande Revolução Cubana iniciada no dia 1º de Janeiro de 1959.
Além de Cuba, estiveram presentes delegações do Peru, Líbano, Venezuela e Palestina. Entre seus membros, esteve presente o Coronel Jorge Herrera Medina, combatente da batalha de Girón; Kenia Serrano Puig, presidenta do ICAP (Instituto Cubano de Amizade entre os Povos); o Embaixador de Cuba no Brasil, Sr. Carlos Rafael Zamora Rodriguez; a professora do Instituto Superior de Relações Internacionais de Cuba, Nídia Maria Afonso Cuevas; e a jornalista do Cuba debate, Rosa Mirian Elizarde.
“A solidariedade não pode ser bloqueada”
As atividades do encontro começaram no dia 22, quarta-feira, mas sua abertura oficial foi na sexta-feira, dia 24. Na parte da manhã, ocorreu uma palestra sobre “A importância da Revolução Cubana no marco dos 50 anos da vitória em Playa Girón e a solidariedade internacional”. No período da tarde ocorreram mini-cursos com os seguintes temas: A história da revolução cubana, o sistema educacional e de saúde, política externa, democracia, economia, relações de gênero e os cinco heróis cubanos presos nos EUA.
À noite aconteceu a abertura oficial, com intervenções de diversos partidos centrais sindicais e lideranças da delegação cubana.
No sábado, dia 25, houve uma exposição sobre o bloqueio econômico e midiático imposto pelos EUA à Cuba. A parlamentar e mãe de Fernando González, Magalys Llort, fez um breve relato sobre a situação dos cinco patriotas cubanos presos a treze anos pelos EUA, por defenderem Cuba dos ataques terroristas orquestrados pelos contra revolucionários cubanos.Pela tarde foram organizados grupos de trabalho para definir propostas de ações conjuntas para as principais bandeiras de defesa da revolução cubana.
À noite seguiu-se uma confraternização, quando foi lida a Carta de São Paulo, contendo a síntese das discussões do curso e as principais resoluções aprovadas nos grupos de trabalho.
No dia 26, os participantes do encontro realizaram um ato público de encerramento no Memorial da Resistência – antigo prédio do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS), um dos centros das cruéis repressões e torturas durante a ditadura militar – para agradecer a Cuba por ter dado asilo aos brasileiros perseguidos pelo regime. Ex-presos políticos e familiares das vítimas presas, torturadas e assassinadas no presídio relataram muito emocionados, suas experiências durante a repressão e sobre o apoio que tiveram do governo revolucionário de Cuba, além das diversas homenagens prestadas aqueles que lutaram com tanta bravura e determinação contra o regime mais violento da história do Brasil!
A emoção tomou conta do evento quando Damaris Lucena, viúva de Antônio Lucena, assassinado pelos militares, num relato extraordinário, falou sobre seus momentos durante a ditadura, sobre o quanto foi torturada, o quanto sofreu e ainda assim continuou lutando dia após dia!
“O momento mais feliz da minha vida foi quando o comandante Fidel Castro me convidou para morar em Cuba”, disse Damaris emocionada!
Ainda contou-se com vários outros depoimentos que encerram com chave de ouro esse evento fantástico!
Cultura que enaltece a revolução
Durante todo o evento contou-se com diversas atividades culturais que enriqueceram muito as conferências realizadas. Foram apresentações de dança, música, lançamento de livros, mostra de filmes, e exposições sobre a cultura latino-americana.
Cuba Livre Vive!
Ficou evidente que a Convenção foi marcada por aproximar todos da realidade de Cuba e, sobretudo por denunciar o intenso bloqueio feito pelos norte-americanos, mostrando que a manipulação capitalista chega a níveis extremos e daí surgiu o maior desafio dos cubanos: conquistar sua carta de alforria!
O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Rafael Zamora Rodriguez, frisou a importância da convenção para a luta internacional dos povos latino-americanos pela sua autodeterminação, no contexto em que é aprovada a constituição da Confederação dos Estados Latino Americanos e Caribenhos. Pela primeira vez, os países da América Latina e do Caribe poderão se reunir para discutir os rumos de suas relações internacionais sem a intervenção do império estadunidense, isso graças às mudanças na correlação de forças em países importantes do continente.
Edival Nunes Cajá, do Centro Cultural Manoel Lisboa de Pernambuco e do membro Partido Comunista Revolucionário (PCR), afirmou que o exemplo da Revolução Cubana na luta pela verdadeira emancipação da humanidade e pelo socialismo continua mais vivo do que nunca. “Tudo que fizermos para prestar solidariedade à Cuba não pagará a solidariedade que o povo cubano presta aos povos de todos países do mundo. Além disso, a solidariedade que prestamos aos cinco heróis não se equivale a doação que estes revolucionários fazem à humanidade com sua coragem e sua firmeza nestes 13 anos de cárcere.”
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