A historia do movimento estudantil é travada de lutas, grandes vitórias, e sempre sua organização em entidades foram e é muito importante nas pautas do movimento. E uma de suas importantes conquistas foi a Lei do Grêmio Livre, Lei Federal 7.398; garante que em toda escola, instituição de ensino de 1º e 2º grau fique assegurada a organização de estudantes como entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais. A organização, o funcionamento e as atividades dos Grêmios serão estabelecidos nos seus estatutos, aprovados em Assembléia Geral pelos discentes.
Contudo, em todo o Brasil nossas entidades estudantis sejam Grêmios, Associações, Federações, Uniões, etc. enfrentam dificuldades em se organizar dentro de sua escola. Historicamente, conhecemos como foi difícil a conquista dessa lei, na Ditadura Militar. Todas as entidades de cunho social; sindicatos, UNE, UBES, foram impedidas de fazer suas lutas, exemplo claro foi o incêndio na sede da UNE no Rio de Janeiro no dia 1 de abril de 1964 ( mesmo dia do Golpe Militar).
Há vários casos ainda de direções, reitorias, gestões que exercem essas atitudes da Ditadura, impedindo os estudantes de criarem, organizarem suas atividades em seus grêmios garantidos por lei. As ações são: Grêmios sem espaço, como salas para exercerem suas atividades; perseguições, na maioria das vezes política; são impedidos de participarem das decisões da escola, não tem cota de xerox, são proibidos de realizar atividades, debates, gincanas, enfim, várias atitudes que impossibilita a organização da entidade.
O caso que chamou a atenção da Federação ocorreu no mês de fevereiro de 2015, no IFBA- Campus Camaçari, onde um grupo de estudantes que promoveram uma festa, apoiada pelo Grêmio Estudantil estão sendo acusados de consumir álcool e cigarro dentro da sala do grêmio. Sem provas, sem diálogo, sem argumentos necessário para a Direção Geral com o apoio do Reitor, fecharam a sala onde funcionava as atividades da entidade. Essa atitude de não dialogar, reprimir e retirar dos estudantes o que é seu por direito não é democracia, é ditadura. Que a Reitoria do IFBA, tome a postura de dialogar com os discentes, e pare de ameaçar a expulsão dos mesmos sem provas suficientes do ocorrido no Campus Camaçari.
A FENET convoca a todos estudantes, grêmios a se organizarem na luta para que todo grêmio tenha garantido sua sala, seu espaço para organizar suas pautas e suas atividades.
Todo apoio aos estudantes do IFBA- Campus Camaçari!
Nós queremos o nosso direito de lutar!
1 comentários:
Não podemos mais aceitar esse tipo de atitude. Os estudantes tem a capacidade de organização e de transformar a educação.
Todos juntos pelo movimento estudantil rebelde.
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