sábado, 16 de agosto de 2014

Estudantes do IFG e FENET organizam ato contra a homofobia

     No dia 15 de agosto ocorreu uma manifestação no pátio do campus Goiânia do IFG em repúdio a atitudes homofóbicas dentro e fora das salas de aula. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes no local, uma iniciativa do Triângulo Rosa – Coletivo de Diversidade Sexual, que contou com o apoio do Grêmio Estudantil e da FENET. O ato foi uma reação a uma fala preconceituosa de um professor dentro da sala de aula, se referindo a uma estudante ausente como “sapatãozinho”, e dizendo que ela era “mal-resolvida, já que também ficava com meninos”.
     A manifestação começou com uma tentativa de panfletagem na sala do referido professor, que impediu a entrada, e depois foi para o pátio, onde as pessoas puderam debater o assunto em um microfone e por meio de cartazes. Várias falas de estudantes lembraram que aquele caso não era um acontecimento isolado, mas sim parte de uma rotina de abusos, agressões e assédio vivida por estudantes e pessoas que trabalham na Instituição, e que por isso o combate à homofobia, a transfobia e o sexismo deveria estar presente no cotidiano acadêmico.
    O professor teve o direito de resposta garantido, mas no pátio não negou e nem fez questão de se desculpar pela fala. Pelo contrário, justificou dizendo que “não tinha a intenção de magoar” e que “era uma brincadeira”, o que foi respondido com vaias e ironias por quem estava em volta. A FENET repudia ações desse tipo, e entende que piadas e brincadeiras envolvendo a sexualidade e identidade de gênero não são comportamentos aceitáveis, principalmente quando partem de pessoas em situação de autoridade dentro de uma instituição.



#HomofobiaÉCrime
#DireitosLGBT





Nota do Coletivo Triângulo Rosa na íntegra:


NOTA DE REPÚDIO
    Mais uma vez a tragédia anunciada se materializa no campus Goiânia do IFG. É registrado mais um caso de homofobia, e o pior: por parte de quem nos deveria ensinar! Nós do Coletivo Triângulo Rosa fomos procurado por uma discente que nos denunciou ter sido vítima de lesbofobia. A mesma declarou que em razão de seu CORTE DE CABELO foi criticada por um docente e ao sair, testemunhas disseram que o mesmo disse ser ela uma "sapatão não assumida", nesses termos. Lembrando que esse ato se configura como crime de INJÚRIA* previsto no código penal. O mesmo docente já havia sido bastante criticado por sempre externar dentro de sala de aula opiniões xenofóbicas, homofóbicas e machistas, além de sempre criticar pessoas formadas ou que pretendem ingressar em cursos voltados à área de humanas, provocando muitos constrangimentos não só entre os discentes mas também entre os próprios servidores. Entendemos que como professor e, por conseguinte, formador de opinião, é REPUDIANTE a tomada de tal atitude por este e por vários outros docentes de nosso campus! Exigimos a imediata retratação e tomada de medidas administrativas a fim de que tal episódio não se repita novamente, garantindo a harmonia dentro e fora da sala de aula!

HOMOTRANSFOBIA NÃO PASSARÁ!


*INJÚRIA: é um crime que consiste em ofender verbalmente, por escrito ou até fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém, ofendendo a moral, com a intenção de abater o ânimo da vítima



Gabriel do Vale - 1º Secretário da FENET

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More