Sendo defendido pelo movimento estudantil ligado ao governo e denunciado pela FENET dezenas de vezes desde 2011, o Pronatec já entregou para a iniciativa privada mais de R$ 20 bilhões enquanto as escolas técnicas do nosso país padecem sem estrutura de laboratórios e professores.
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Estudantes do IFCE escrevem no cartaz o que acham do PRONATEC |
O PRONATEC (Veja nota oficial da FENET sobre o PRONATEC) tem por proposta garantir a expansão da rede técnica no Brasil, contudo concentra seus investimentos no setor privado (2/3 do investimento é para a iniciativa privada), segundo o próprio Ministério da Educação, em apenas dois anos, mais de R$ 20 bilhões foram entregues ao Sistema S que é gerido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
Para piorar o processo de privatização da escola técnica, em 2012, o governo abriu mão de ser apenas o Sistema S que poderia receber dinheiro do Pronatec, eu autorizou qualquer escola técnica de esquina receber dinheiro do programa. Ao perceber essa condição fácil de receber dinheiro público, o grupo Kroton Educacional, grupo que trata a escola como um mercado, decidiu aderir ao Pronatec e seu presidente afirmou: "50% de nossos rendimentos virão dos programas do governo como Prouni, FIES e Pronatec!"
A Kroton tem ações na bolsa de valores e só em no segundo trimestre dobrou seu lucro em relação ao ano anterior, o lucro da empresa chegou a casa dos R$ 481,5 milhões. Com o Pronatec, a empresa busca garantir aumentar o seu rendimento em até 30%. Para o Vice Presidente do Grupo Kroton, a educação é uma indústria, inclusive afirmou em entrevista: "Estamos entrando fortemente nessa indústria, num jogo que a gente sabe jogar."
Não precisa ter bola de cristal para saber da realidade do sucateamento dos Cefet's, Institutos Federais e escolas técnicas estaduais em todo o país. O Tribunal de Contas da União denunciou que não existe a carga completa de professor em nenhuma escola técnica federal no país, segundo o próprio TCU faltam mais de 8 mil professores e 5 mil técnicos administrativos. No Ceará, no IFCE-Campus Umirim toda a comunidade escolar está fazendo greve para garantir segurança no campus, já no Maranhão, no IFMA-Campus Buriticupu o Instituto foi usado pelo exército como prostíbulo, no Cefet/RJ e Cefet-MG, as máquinas usadas nos laboratórios de área industrial ainda são da segunda guerra mundial.

1 comentários:
Classe dominante. Esse pessoal é um PROBLEMÃO. Agora uma pergunta importante para vocês do Grêmio: VOCÊS VÃO DEIXAR O CEFET-MG fazer igual a atual UTFPR?
Um ingênuo me disse que não acabariam com os cursos técnicos nas modalidades CONCOMITÂNCIA EXTERNA, SUBSEQUENTE E PROEJA. Ouvi gente discutindo em uma coordenação de curso técnico que deveriam acabar com o PROEJA. Se serve de conforto, pelo menos pra mim, um conforto com fundo fúnebre de desconfiança, alguns nesta discussão disseram que não concordavam em acabar com o PROEJA, mas que não concordavam do jeito como ele estava sendo levado. Suponham que vocês moram no Paraná, próximo a UTFPR, e desejam fazer inscrição para um curso técnico na modalidade Subsequente ou proeja, e entrem no site e vejam se isso é POSSÍVEL.
Quanto as máquinas da 2º Guerra mundial, saibam que se prova nós estarmos nos últimos planos pelo fato de as fresas novíssimas compradas para o setor de fresa da mecânica (Dep. de Materiais, inclusive a única coisa que eles querem manter devido o curso de Eng de Materiais) serem da China, e Motor fraco, que mesmo o professor de fresa estava com dificuldade de opera-la. Velocidades de avanço da mesa são só três, e elas não estão indicadas na alavanca, e a máquina parece não possuir manual, e o valor real das velocidades são desconhecidas. Ela não possui todos os movimentos da mesa (pelo menos foi o que um dos professores me disse). E só consegue usinar alumínio com segurança. Tiveram que retornar ao laboratório uma das fresas velhas, e toda a turma fica concentrada nela.
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