quinta-feira, 28 de março de 2013

TCU revela que falta professores em todos os Institutos Federais do país! O déficit chega a 8 mil professores!

Por Raphael Almeida, RJ

O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria (estudo detalhado) para avaliar as condições de expansão e estrutura dos Institutos Federais, essa auditoria revelou uma situação degradante da educação brasileira. Não há em nenhum campus de Instituto Federal e CEFET espalhado pelo Brasil que tenha seu corpo docente completo, todos os campus dos IF's (442 campus) sofrem com a falta de professores. O documento revela também que falta 5.702 técnicos administrativos nos Institutos pelo Brasil.

A falta de professores e técnicos administrativos é um problema cotidiano na vida do estudante e acontece pelo fato do governo não priorizar o investimento em educação e organizar mais concursos públicos. Nos últimos anos o governo gastou R$ 86 Bilhões com a Copa do Mundo e quando o assunto foi educação nos últimos dois anos o corte de investimento atingiu a casa dos R$ 6 bilhões.
FENET na marcha em Brasília defendendo mais concursos públicos e o
investimento do dinheiro público na educação pública 

Segundo o mesmo estudo, os Institutos que mais sofrem com a falta de professores são: IF Acre (40,1 % de falta de professor), IF Brasilia, IF Mato Grosso do Sul, IF Amapá, IF São Paulo (com déficit de 32,7% de profissionais).
O próprio tribunal afirma no documento que o péssimo modo que o governo trata os servidores federais (com descaso e baixos salários)  gera a baixa atratividade da carreira e é uma causa relevante da falta de profissionais. 
FENET e SINASEFE no Pará exigindo concursos públicos

É comum entrarmos em salas de aula do primeiro ano com 50 estudantes e no ultimo ano restar apenas 10. Para a Pró-reitora de Extensão do IF RR, Débora Soares, a falta de professor gera um processo cascata, por isso, está diretamente ligada a grande evasão escolar e baixos índices de conclusão. 

O documento final do TCU cita oito recomendações ao MEC e à Setec. Entre os pontos estão ações de contratação, políticas contra evasão e melhorias na relação com o setor produtivo local. É preciso que quando o assunto for expansão da rede pontue-se também a questão da assistência estudantil. A FENET já vem construindo esta luta desde sua fundação e pretende organizar cada vez mais os estudantes em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade!

Raphael Almeida é Coordenador Geral da FENET

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