domingo, 22 de abril de 2012

"Essa dívida pública é uma mentira!"

FENET compõe mesa de seminário sobre dívida pública no RJ!
Aconteceu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 18 e 19 de abril o seminário 'Auditoria Cidadã da Dívida - A dívida pública em debate', onde foi pontuada a necessidade da instauração da CPI sobre o pagamento da dívida pública, que já ultrapassa mais de R$ 2 trilhões.

O seminário contou com nomes importantes do quadro político nacional e internacional como: Maria Lucia Fatorelli (Auditora Fiscal), Marcelo Carcanholo (Prof. Economia da UFF), Carlos Lessa (Economista, Professor de Economia da UFF e UFRJ, ex-Reitor da UFRJ e ex-presidente do BNDES), Reinaldo Gonçalves(Economista, Professor da UFRJ), Jorge Cláudio Cavalcante de Oliveira Lima (Professor da UERJ / PhD em Economia Université de Montreal-Canadá e FGV-RJ), Fernando Siqueira (Ex-Presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás), Francisco Soriano (Ciências Econômicas, Tesoureiro do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro), Nildo Ouriques (Prof. de Economia da Faculdade Nacional de Santa Catarina); Wilma Salgado (Deputada do Parlamento Andino – Ex-Ministra das Finanças do Equador; Esteban Crescente (Diretor de Assistência Estudantil da UNE eleito pela chapa REBELE-SE) e Raphael Almeida (Diretor de Comunicação da FENET).
Durante os trabalhos, Maria Lucia Fatorelli, auditora fiscal, explicou que é grave a falta transparência sobre a dívida pública brasileira. Ao longo dos dois dias de seminário, também foi denunciada a relação do regime de ditadura militar com a dívida que o Brasil adquiriu com os outros países e bancos internacionais. Uma das perguntas feitas à mesa foi se, com a paralisação do pagamento da dívida, isso não seria calote. Muito sabiamente, Maria Lucia Fatorelli respondeu: "A grande mídia cria uma roupagem de que a dívida interna é do próprio país, pertence ao povo e taxa um país que para de pagar a dívida de caloteiro. E o trabalhador não gosta de ser conhecido como caloteiro, ladrão. Então, ele se coloca contra isso, é claro. Mas se essa mesma mídia denunciasse a verdade, mostraria que essa dívida é fajuta, que os credores tanto da ‘dívida’ interna como externa são formados por mais de 70% de bancos estrangeiros e o que foi contraído, foi em nome do enriquecimento de alguns bilionários."
Para complementar a resposta, o diretor da FENET , Raphael Almeida, acrescentou: "Quem realmente dá calote são os capitalistas, donos dos bancos, usinas, empresas e latifúndios. Para comprar as nossas estatais a preço de banana, eles pegam dinheiro emprestado com o BNDES, e depois arranjam uma desculpa e não pagam a dívida com o banco estatal. Devemos lembrar que esse dinheiro é do povo brasileiro, que existe sim o roubo e quem o pratica não são os trabalhadores, mas sim os patrões."
Nas análises, Esteban Crescente deixou claro que a dívida pública é paga em detrimento do corte de verba das áreas sociais. "Não tem o menor cabimento quase metade do nosso orçamento ser destinado para o pagamento dessa dívida fajuta! Quando o Estado decide repassar dinheiro para o empresário, ele retira de algum lugar. Temos alguns números aqui que servem de provas. Corte de verba no ano de 2012: R$ 5,5 bilhões na saúde, R$ 1,9 bilhão na educação, R$ 1,2 bilhão da Reforma Agrária, R$ 3,3 bilhões das Cidades, R$ 2 bilhões dos Transportes. Hoje, uma das bandeiras da educação é os 10% do PIB para educação pública, mas é claro que só vamos ter 10% do PIB para educação quando o Brasil parar de pagar a dívida pública e quando o governo parar de privatizar as nossas riquezas naturais."
Para findar, o Diretor da FENET convidou todos os presentes à luta, e alertou: "Está claro que essa dívida que rouba o dinheiro do povo não existe, é farsa! É crime contra a humanidade! Desviar dinheiro da saúde significa mais filas nos hospitais, mais gente morrendo à espera de cirurgiais! O trabalhador está morrendo em detrimento da riqueza de um homem que nunca nem lavou um copo. Quando esse seminário acabar, devemos nos engajar numa grande jornada de lutas pelo fim do pagamento da dívida pública. Está evidente também que enquanto houver capitalismo, a burguesia irá deitar e rolar. Queria voltar uns 150 anos e parafrasear Karl Marx, - O governo é o balcão de negócios da burguesia-, o único sistema que não existirá espoliação do povo é no Socialismo, não podemos ter ilusão de outra saída."
Ao fim dos trabalhos, María Lúcia Fatorelli foi homenageada pelo seu belo trabalho que está sendo feito denunciando a dívida pública e a sua relação com os problemas que o povo enfrenta.
Durante todo o debate a FENET mostrou a necessidade imediata de findar do pagamento da dívida pública e que esse dinheiro tem que servir para a moradia, educação, saúde, reforma agrária, melhores salários para os trabalhadores e etc.
Participe de nossas mobilizações e lutas pelo fim da dívida pública!

2 comentários:

Vamos parar de paga oq ja ta pego e se eles acham calote q fiquem sem o dinheiro do povo dinheiro publico para o povo não ao pagamento da divida publica que nao é nossa e sim dos capitalsitas enriquecerem mais e mais!

Muito obrigada por divulgarem a luta da Auditoria Cidadã da Dívida, que é de todos nós. Visitem nossa página www.auditoriacidada.org.br

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