Impulsionados por uma enorme indignação das políticas adotadas pelo governo vigente de Belo Horizonte, a população se organizou e foi às ruas da capital mineira no dia 12 de dezembro, aniversário da cidade, com o objetivo de barrar as arbitrariedades do Prefeito Márcio Lacerda (PSB).
A marcha que teve mais de 1500 pessoas, contou com a participação de várias entidades estudantis, partidos e outros diversos movimentos.
Desde que foi eleito, em 2008, o Prefeito de Belo Horizonte tem gerado uma insatisfação cada vez maior com a população; são medidas antidemocráticas, privatistas, duvidosas, o que se comprova com suas atitudes autoritaristas, tais como:
-Nomeação do próprio filho, Tiago Lacerda, para a direção do Comitê Local de Organização da Copa 2014;
-Gastos de 876 mil reais em aluguel de jatinhos particulares, para deslocamento pelo país;
-Lançamento das Parcerias Público Privadas (PPPs) da saúde e da educação, que transferem para a iniciativa privada a construção, a manutenção, a limpeza e a segurança de escolas e centros de saúde;
- Aumento dos gastos com publicidade de 4 milhões em 2010, para 32 milhões em 2011;
-Loteamento da Mata dos Werneck – uma das poucas áreas verdes da cidade –, para a construção de hotéis para a Copa do Mundo. Uma ameaça à sobrevivência do centenário Quilombo Mangueiras e dos últimos fragmentos dos biomas Mata Atlântica e Cerrado ainda preservados;
-Intransigência na negociação com as comunidades Dandara, Camilo Torres, Irmã Doroty e Torres Gêmeas, que sofrem pressão e ameaças para desocupar áreas abandonadas que ocuparam, sem que a Prefeitura apresente proposta de indenização ou moradia para as famílias;
Esses são apenas alguns exemplos de um governo mais que intransigente, um governo “desumano” que comprova a exclusão popular, irregularidades no Orçamento Participativo, inoperância ou inexistência dos Conselhos Municipais e nenhum diálogo com a população, favorecendo indevidamente agentes da iniciativa privada (empresas e grandes empresários, frequentemente ligados ao prefeito por laços de parentesco, amizade e interesse financeiro).
Portanto, é inaceitável a permanência de tal governo que oprime severamente a população revelando cada vez mais o quadro em que vivemos: os antagonismos entre os explorados e os exploradores na nossa sociedade!
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